sexta-feira, 19 de julho de 2013
segunda-feira, 1 de julho de 2013
Confiança
Muitas vezes me perguntam, se devem proteger os cães ou se devem deixar os cães resolverem os seus assuntos.
Eu sou daquele tipo de pessoas que para além de dona de dois maravilhosos cães, de treinadora de cães, de estudiosa do comportamento e treino de cães, sou também apaixonada pelos mesmos. Como animais os cães - à falta de melhor termo - mexem comigo.
Por isso quando alguém me diz : "o cão tem medo não lhe toques", "o cão está com medo daqueles cães ali, deixa que ele aprenda a virar-se sozinho" ou quando um cão procura auxilio do dono, escondendo-se debaixo das suas pernas ou indo para trás dos mesmos, e estes afastam-se para que "o cão aprenda sozinho o que fazer" eu fico sempre triste.
Triste porque acredito que nós estamos aqui para proteger os cães e não o oposto. Os cães são a minha responsabilidade e eu vou fazer tudo o que estiver ao meu alcançe para protegê-los, acompanha-los e guiá-los.
Ao contrário do que as pessoas pensam que os cães depois "não sabem gerir situações da vida real" é precisamente o oposto que obtenho disso. O que obtenho de ensinar os meus cães que quando são confrontados com situações stressantes ou com as quais eles não sabem lidar eles podem vir ter comigo, é primeiro a que eles não decidem que por falta de apoio da família humana, eles têm mesmo que lidar com aquilo ao jeito deles, a maioria das vezes isso quer dizer que o cão pode escolher lidar com um estímulo novo, que o assusta, ou com uma situação diferente de uma forma inadequada para a sociedade humana. Rosnar a uma criança que vem com uma máscara na altura do Carnaval não vai ser bem aceite pelas pessoas em geral, por exemplo. No entanto se o cão se aproxima de mim para que o apoie, eu posso pedir à criança para retirar a máscara, mostrar a máscara ao meu cão, depois pedir à criança para voltar a colocá-la e pedir que lhe atire uns pedaços de salsicha, e rapidamente o meu cão vai perder o receio e lidar adequadamente com a situação.
Ao mesmo tempo e talvez o mais importante é que o meu cão aprende a confiar em mim. Aprende que sempre que existe uma situação nova, com a qual ele não saiba lidar, ele pode procurar a minha ajuda que eu saberei o que fazer. Eu sei o que é melhor para ele e sei lidar com a situação muito melhor que ele, afinal de contas este é o meu mundo, o mundo dos seres humanos. Se necessário os meus cães sabem que eu os retiro da situação e os protejo,eles dão-me total confiança para que eu decida por eles, ao fazê-lo eles relaxam na minha presença. Ao fazê-lo os meus cães são mais saudáveis socialmente, menos stressados com possíveis novas situações e vivem felizes no entendimento que eu sempre estarei lá para lhes indicar o que devem fazer.
Acima de tudo para mim não existe nada no mundo que substitua um olhar de total confiança. Os meus cães nunca me mentem e eu jamais me atreveria a mentir aos meus cães. Eu prometi protegê-los e apoiá-los e é isso que faço diariamente e em retorno tenho deles algo inigualável e observável apenas no seu olhar directo nos meus olhos.
Eu sou daquele tipo de pessoas que para além de dona de dois maravilhosos cães, de treinadora de cães, de estudiosa do comportamento e treino de cães, sou também apaixonada pelos mesmos. Como animais os cães - à falta de melhor termo - mexem comigo.
Por isso quando alguém me diz : "o cão tem medo não lhe toques", "o cão está com medo daqueles cães ali, deixa que ele aprenda a virar-se sozinho" ou quando um cão procura auxilio do dono, escondendo-se debaixo das suas pernas ou indo para trás dos mesmos, e estes afastam-se para que "o cão aprenda sozinho o que fazer" eu fico sempre triste.
Triste porque acredito que nós estamos aqui para proteger os cães e não o oposto. Os cães são a minha responsabilidade e eu vou fazer tudo o que estiver ao meu alcançe para protegê-los, acompanha-los e guiá-los.
Ao contrário do que as pessoas pensam que os cães depois "não sabem gerir situações da vida real" é precisamente o oposto que obtenho disso. O que obtenho de ensinar os meus cães que quando são confrontados com situações stressantes ou com as quais eles não sabem lidar eles podem vir ter comigo, é primeiro a que eles não decidem que por falta de apoio da família humana, eles têm mesmo que lidar com aquilo ao jeito deles, a maioria das vezes isso quer dizer que o cão pode escolher lidar com um estímulo novo, que o assusta, ou com uma situação diferente de uma forma inadequada para a sociedade humana. Rosnar a uma criança que vem com uma máscara na altura do Carnaval não vai ser bem aceite pelas pessoas em geral, por exemplo. No entanto se o cão se aproxima de mim para que o apoie, eu posso pedir à criança para retirar a máscara, mostrar a máscara ao meu cão, depois pedir à criança para voltar a colocá-la e pedir que lhe atire uns pedaços de salsicha, e rapidamente o meu cão vai perder o receio e lidar adequadamente com a situação.
Ao mesmo tempo e talvez o mais importante é que o meu cão aprende a confiar em mim. Aprende que sempre que existe uma situação nova, com a qual ele não saiba lidar, ele pode procurar a minha ajuda que eu saberei o que fazer. Eu sei o que é melhor para ele e sei lidar com a situação muito melhor que ele, afinal de contas este é o meu mundo, o mundo dos seres humanos. Se necessário os meus cães sabem que eu os retiro da situação e os protejo,eles dão-me total confiança para que eu decida por eles, ao fazê-lo eles relaxam na minha presença. Ao fazê-lo os meus cães são mais saudáveis socialmente, menos stressados com possíveis novas situações e vivem felizes no entendimento que eu sempre estarei lá para lhes indicar o que devem fazer.
Acima de tudo para mim não existe nada no mundo que substitua um olhar de total confiança. Os meus cães nunca me mentem e eu jamais me atreveria a mentir aos meus cães. Eu prometi protegê-los e apoiá-los e é isso que faço diariamente e em retorno tenho deles algo inigualável e observável apenas no seu olhar directo nos meus olhos.
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