sábado, 28 de março de 2009

Cães Acorrentados




Texto retirado de Unchain Your Dog

Está preocupado com um cão acorrentado no pátio ou jardim de alguém? Existem muitas coisas que pode fazer para melhorar a vida desse cão!


A primeira coisa a fazer é aprensentar-se e conhecer os donos do cão. Traga um amigo por motivos de segurança, e bata à porta. É muito importante ser-se muito simpático e amigável, e respeitar os donos do cão. Ofereça um pacote de guloseimas para cão ou ração para quebrar o gelo.
Lembre-se de referir que tudo o que está a oferecer é grátis. Toda a gente gosta de coisas grátis!


Começe por se apresentar.

Depois diga algo como:


  • "Sou voluntária/o numa associação de ajuda aos animais e vim oderecer alguns recursos grátis para o seu cão ( mesmo que não seja membro de uma associação, a maioria das pessoas reconhece os voluntários destes locais como alguém que gosta e se preocupa com os animais). Eu moro na área e vi o seu cão no seu quintal. Eu tenho uma casota extra e se quiser posso dar-lhe."

  • "Eu notei que tem o seu cão atado a uma corrente. Tenho certeza que ele iria adorar poder exercitar-se, mas você deve ter uma vida muito ocupada, o tempo não d´para tudo, mas se quiser eu posso vir cá algumas vezes por semana e passear o seu cão por si, já que tenho mais tempo livre. "

  • "Eu adoro (diga a raça se existir uma ou diga só que o cão é muito bonito). O meu morreu recentemente e tenho muitas saudades dele. Será que posso ir conhecer o seu cão? Como é que ele se chama? "

  • "Eu tenho um amigo que tem uma companhia de construir cedações e posso provavelmente arranjar algum material e dar-lhe se quiser construir uma vedação para o seu cão."
  • "Eu tenho um amigo que tem uma companhia de construir cedações e posso provavelmente arranjar algum material e dar-lhe se quiser construir uma vedação para o seu cão. "


  • Se o dono se mostrar receptivo, pergunte se pode ir conhecer o cão. Pergunte o nome do cão. Isto irá dar-lhe a oportunidade de conhecer o cão e o dono e saber porque é que o cão está atado a uma corrente. Por vezes é possível ajudar a resolver o problema. Por exemplo, se o cão está atado a uma corrente para não ter contacto com outros cães e procriar, investigue preços de esterilizações ou tente esterilizar o cão da pessoa.

    Se o cão está atado porque salta as vedações, ofereça para colocar extensões nas mesmas de forma a conter o cão. Se o cão está atado porque os donos nunca na realidade quiseram um animal, ofereça para procurar uma nova casa para aquele cão.


    Leve consigo algum material de leitura para poder dar aos donos se puder.



    SEJA CONSTRUCTIVO E NÃO CRÍTICO


    Se o cão estiver muito magro, infestado com parasitas , etc.. NÂO SEJA CRÍTICO com o dono. Você não quer que ele se zangue. Ofereça apenas produto grátis para as pulgas ou carraças da próxima vez que visitar, e traga ração consigo e sugira colocar-lhe mais comida, “ele vai ficar mais bonito se engordar um bocadito mais”. Ou diga que gosta de pentear cães e sugira passar lá algumas vezes e dar banho ao cão e limpar o seu pelo.



    Assim que conhecer o dono, tente manter uma boa relação. Deixe gusoleimas para o cão, brinquedos etc.. Visite algumas vezes, ofereça para levar o cão a passear ou ao veterinário.
    Eventualmente o dono pode concordar que você leve o cão consigo. Apesar de que alguns cães que estão presos são agressivos, outros, podem tornar-se perfeitamente capazes de serem readoptados com algum treino e carinho. Por vezes o dono pode querer vender o cão a si, mas apenas o compre, depois de se certificar que o dono não vai a seguir e compra outro!


    Algumas pessoas roubam os cães de forma a dar-lhes uma vida melhor. O problema é que os donos podem ir obter outro cão qualquer ou um cachorro para o substituir. Para além de que os cães são considerados uma propriedade e como tal roubar é crime.


    A QUESTÃO DO CÃO DE GUARDA

    Algumas pessoas acorrentam os seus cães, para ter cães de guarda. Explique que cães acorrentados não são bons cães de guarda. Estes podem tornar-se agressivos,mas não protectivos. Um cão agressivo pode atacar qualquer pessoa, uma criança que more na zona, o carteiro ou o canalizador. A melhor forma de termos um cão de guarda que saiba distinguir amigo de inimigo é socializar o cão desde novo e trazê-lo para casa como parte da família.



    OS DOIS PRINCIPAIS OBJECTIVOS

    Deve manter dois objectivos em mente quando fala com donos de cães acorrentados:

    1. Educar os donos de forma a que ele veja o seu cão de uma nova forma, como um animal que precisa de atenção, amor, e cuidados. Com sorte, ele aprenderá a tratar os seus cães melhor no futuro.


    2. Ajudar o cão um bocadinho é melhor do que nada. Você pode não convencer o dono a dar o cão. Você pode não convencê-lo a colocar uma vedação. Mas mesmo que tudo o que consiga é dar uma casota decente ao cão, uma coleira melhor e alguns brinquedos, isso é sucesso e a qualidade de vida do cão melhorou.


    Veja o vídeo aqui

    quarta-feira, 18 de março de 2009

    O QUE É QUE ACONTECEU AO TERMO LOBO ALPHA? por David L. Mech

    O termo alpha aplicado aos lobos tem uma longa história. Durante muitos anos livros e artigos sobre lobos mencionavam o macho alpha e fêmea alpha ou o par alpha. Em muita literatura popular, o termo ainda é usado. No entanto, observadores interessados, devem ter constatado que nos últimos anos esta tendência começou a mudar. Por exemplo, 19 proeminentes biólogos que estudam somente lobos da Europa e da América do Norte não mencionam o termo alpha, nem uma só vez, num longo artigo sobre os pares procriadores de lobos. O artigo entitulado “Os efeitos da perda de procriação em lobos”, foi publicado em 2008 no “Diário de Gestão da Vida Selvagem”. Em 448 páginas, o livro de 2003” Lobos: Comportamento, Ecologia e Conservação”, editado por Luigi Boitani e por mim mesmo e escrito por 23 autores, o termo alpha é mencionado em apenas 6 ocasiões e todas elas para explicar porque é que o termo está desactualizado. Porquê?


    Esta mudança na terminologia reflecte uma importante mudança na forma como pensamos sobre a estrutura social lupina. Na vez de vermos uma matilha de lobos como um grupo de animais organizados com um “chefe” que lutou até chegar ao topo, ou um casal de lobos tão agressivos que são quem “manda”, a ciência começou a entender que as matilhas de lobos, são meros grupos familiares formados exactamente da mesma forma que os grupos familiares humanos. Isto é, um lobo macho e fêmea maturos de grupos diferentes, dispersam-se dos seus grupos originais e viajam até se encontrarem um ao outro e uma área livre de outros lobos, com presas adequadas. Cortejam, procriam e produzem a sua própria ninhada.

    Por vezes este processo implica apenas um lobo macho maturo que corteja uma fêmea matura de um grupo vizinho e depois o par estabelece-se num território perto de onde os grupos originais se encontravam. Em populações mais saturadas, isto pode querer dizer que os lobos têm que viajar grandes distâncias para encontrarem os seus pares e locais novos. Este é o processo que ajuda uma população crescente de lobos a expandir-se. Um bom exemplo é a crescente população lupina em Wisconsin. Ali, não só a grande parte da população de lobos se encontra na parte norte do estado continuando a encher o Norte com mais e mais grupos, mas os lobos conseguiram formar uma população separada na parte central deste estado através da dispersão e proliferação dos grupos. Actualmente cerca de 18 grupos vivem no centro do estado de Wisconsin.

    Mas voltemos à família. Á medida que o par original cria as suas crias, estes alimentam-nos e protegem-nos como qualquer outro animal o faz com as suas crias. Á medida que as crias crescem e se desenvolvem, os seu pais naturalmente guiam as suas actividades, e as crias naturalmente seguem. Certamente à medida que as crias crescem, estas começam a desenvolver alguma independência, e alguns vagueiam temporariamente para fora do grupo explorando os caminhos. No entanto, os pais continuam a guiar o grupo, enquanto caçam, definem o seu território, afastam outros animais das suas presas e protegem o seu grupo de grupos de lobos vizinhos com os quais se podem encontrar.


    Á medida que as crias se desenvolvem e chegam a 1 ano de idade, os seus pais produzem uma segunda ninhada, que se tornam então nos irmãos mais novos da 1ª ninhada. Novamente os pais continuam a guiar e liderar a velha ninhada assim como a nova ninhada e mantenhem-se os líderes da matilha. As crias mais velhas naturalmente “dominam” os irmãos mais novos, da mesma forma que os irmãos e irmãs mais velhas numa família humana “dominariam” os seus irmãos mais novos, mas continua a não existir nenhuma batalha para “ganhar liderança”; essa mantém-se naturalmente com os pais. Algumas das crias mais velhas começam a dispersar entre o 1º e o 2º ano de idade em algumas populações e noutras poderão manter-se no grupo original até aos 3 anos de idade. No entanto, eventualmente quase todos se dispersam e tentam encontrar um companheiro e começar os seus grupos e matilhas.

    Dada esta história natural do lobo, faz tanto sentido referirmos os pais de um grupo de lobos como os alphas como referir os nosso próprios pais humanos como alphas. Sendo assim agora referimo-nos a estes animais como o macho que procria e a fêmea que procria ou o par que procria ou simplesmente os pais.

    Na vez de ver uma matilha de lobos como um grupo de animais organizados com um líder que lutou com todos até chegar a essa posição, ou com um par macho e fêmea agressivos, a ciência entendeu que a maioria das matilhas de lobos são simplesmente famílias formados exactamente da mesma forma que as famílias humanas se formam.


    Então como é que a ciência esteve tão “enganada” durante tanto tempo em referir-se aos lobos como alphas? A resposta inclui uma história que ilustra de uma forma bastante interessante a forma como a ciência evolve.
    Várias década atrás, antes de existirem muitos estudos feitos com lobos no seu ambiente natural, os cientistas que se interessavam pelo comportamento social animal pensavam que as matilhas de lobos eram um agrupamento aleatório de lobos que se encontravam no inverno de forma a caçarem melhor em grupo. Sendo assim, de forma a estudar lobos, a única forma que eles conheciam na altura, era escolher uma série de lobos aleatoriamente de variados jardins zoológicos e juntá-los numa colónia captiva em ambiente controlado.


    Claro, quando alguém coloca artificalmente um grupo aleatório de indivíduos juntos, seja de que espécie forem , estes animais irão naturalmente competir uns com os outros de forma a criar uma espécie de hierarquia. Isto é o mesmo fenómeno da hierarquia linear existente e originalmente observada nas galinhas. Em tais casos, é apropriado referir aos indivíduos que estão no “topo” como alphas, implicando que competiram e lutaram para ganhar acesso a essa posição. E assim era com os grupos aleatórios de lobos colocados juntos artificialmente.


    Sendo assim, os principais cientistas que estudaram os lobos em captividade, tais como Rudolph Schenkel, publicaram uma famosa monografia descrevendo as interacções dos lobos uns com os outros, neste tipo de grupos, afirmando de que existe uma fêmea e um macho que lideram e referindo-se aos mesmos como alphas.
    Esta monografia clássica foi a principal peça de literatura sobre os grupos sociais de lobos na altura em que eu escrevi o livro O Lobo - Ecologia e Comportamento de uma raça em perigo nos finais de 1960. Este livro foi uma síntese da informação acerca dos lobos que existia na altura, como tal eu mesmo incluí muitas referências aos estudos de Schenkel. O livro foi um sucesso porque nenhuma outra síntese havia sido escrita acerca do comportamento dos lobos desde 1944, como tal, “ O Lobo” vendeu bem. Foi originalmente publicado em 1970 e republicado em 1981. Actualmente existem mais de 120.000 cópias em circulação deste meu livro. A maioria dos outros livros posteriormente escritos sobre lobos basearam-se bastante no livro “O Lobo”, dessa forma contribuindo para a distribuição mundial da informação errada acerca do conceito dos lobos alpha.



    Finalmente nos finais de 1990 após eu ter vivido com uma matilha de lobos selvagens no seu habitat natural na ilha de Ellesmere perto do Pólo Norte por muitos verões presenciando pessoalmente as interacções entre pais e as suas crias, eu decidi corrigir a informação. Por essa altura, no entanto, quer o público em geral como a maioria dos biólogos já tinham adoptado completamente o conceito alpha e a sua terminologia. Parecia que ninguém conseguia falar de uma matilha de lobos sem mencionar os alphas. Muitas pessoas perguntavam-me o que tornava um lobo alpha um lobo alpha e que tipo de lutas e competições ocorriam para que ele assumisse essa posição.

    Em 1999 eu publiquei o artigo “O Status Alpha, Dominância e Divisão de trabalhos em matilhas de lobos” no Jornal de Zoologia Canadiano dessa forma corrigindo a informação errada na literatura científica. Eu segui esse artigo em 2000 com outro artigo “ Liderança nas matilhas de Canis Lupus” publicado no Canadian Field Naturalist mais uma vez focando-me no papel dos lobos como pais no grupo social de lobos.

    No entanto, bem se diz que demora cerca de 20 anos até que uma nova ciência realmente seja absorvida, incluindo novos feitos médicos! Este “dito” parece estar a confirmar-se com o conceito do lobo alpha. Muitos dos meu colegas biólogos já aceitaram os novos termos e actualizações, mas outros enquanto discursam, corrigem-se quando conversam comigo; ainda outros parecem completamente abstraídos do tema. É realmente inspirante ver novos documentos publicados, tais como os que citei acima na introdução a este artigo, que usam as novas terminologias.

    O assunto não se prende meramente com semântica ou um do que é politicamente correcto. É um do que está na realidade biologicamente correcto, uma vez que o novo termos de pais ou par que procria descreve de uma forma exacta o papel destes animais na vez de perpetuar uma ilusão errada.
    Um local onde este assunto se torna particularmente confuso é no Parque Nacional de Yellowstone, onde multidões visitam e passam muito tempo a observar lobos, lado a lado com os biólogos e naturalistas. Porque a população de Yellowstone foi recentemente refeita e goza de um excesso de presas (cerca de 6,000 a 12,000 veados, 4,000 bisontes e muito mais) a estrutura social das matilhas é mais complexa e artificial do que as normais. Aí, os lobos jovens dispersam muito mais tarde, quando têm 2 ou 3 anos ao invés de 1 ou 2 anos, fazendo com que os grupos sejam maiores que conteêm mais indivíduso que qualquer outro grupo de lobos no mundo.
    Nestes grupos onde tanto a mãe e algumas das suas crias mais velhas já encontraram a maturidade sexual mas não dispersaram, todas acasalam no mesmo ano, sendo que as crias mais velhas normalmente são acasaladas por machos lobos jovens estranhos ao grupo.
    Quando mais do que uma fêmea procria num só grupo, as fêmeas tornam-se naturalmente mais competitivas, portanto talvez seja apropriado referir a matriarca original como a fêmea alpha e as suas filhas como as “betas”. Os observadores de Yellowstone usam com regularidade esta terminologia, mas muito frequentemente esta é aplicada a todos os lobos que procriam, mesmo naquelas matilhas onde só existe 1 par de lobos a procriar. Enquanto que não é incorrecto usar o termo alpha em grupos de lobos onde existem mais do que uma fêmea a procriar, era desejável e até mesmo aconselhável usar outra terminologia com menos significado subjacente. Por exemplo, a fêmea alpha poderia ser chamada de dominante ou matriarca, e as suas filhas de subordinadas.
    Esta aproximação iria ajudar na reforma da terminologia e na percepção quer da ciência como do público em geral de como se organizam os lobos.


    Esperemos que leve menos do que 20 anos até que os media e o público adoptem a terminologia correcta e assim de uma vez por todas acabar com a visão antiquada e errada dos lobos como um grupo de indivíduos agressivos que consistentemente competem uns com os outros por uma estatura hierárquica.


    L. David Mech is a senior research scientist for the U.S. Geological Survey and founder and vice chair of the International Wolf Center. He has studied wolves for 50 years and published several books and many articles about them.

    domingo, 15 de março de 2009

    Um mito do adestramento de "clicker": A dependência por comida

    O Luiz Frederichi, escreveu um post interessante acerca do mito de que os treinadores de clicker viciam os seus cães em comida.

    Ele diz:

    Já ha algum tempo eu escrevi um artigo comparando duas vertentes do
    treinamento animal: o treinamento de clicker e o trainemento "tradicional". Caso
    não se lembre leia novamente o artigo clicando aqui.
    Nele eu mostrei duas formas de reforço, o positivo (petiscos ou brinquedos) e o
    negativo (a guia enforcador, colar de choque, colar de espinhos...) e
    comparando-as cheguei a conclusão que o reforço positivo é uma forma agradável
    de aprender e o reforço negativo seria como uma professora tirana que vai te dar
    uma super bronca se você responder errado.
    Agora eu vou comparar e provar por "A+B" que o que chamam de dependência por comida, ou que você terá que viver com biscoitos de cachorro no bolso para seu cão te obedecer é uma mentira e que adestradores tradicionais também tem sua dependência inicial pelo reforço (enforcador) utilizado por eles. Um clicker trainer precisa, de fato, utilizar comida no início do treino devido a fácil manipulação e rapidez de repetições.
    Quanto mais repetições eu fizer com o cão, mais rápido ele associará e aprenderá
    o comportamento ensinado. E agora veja pela lógica do cão, ele é um animal que
    tem intrínseco a ele o trabalho como forma para se alimentar, ou você acha que a
    mãe dele vai ficar trazendo comidinha na boca dele até ele morrer de velhice?
    Então alimentar o cão enquanto ele trabalha talvez seja a forma mais parecida
    que ele teria na natureza.

    Visite o blog dele Mania de Cachorro para ler o artigo completo.

    sexta-feira, 13 de março de 2009

    DogTown versus Dog Whisperer

    Existe um novo programa de TV cortesia da National Geographic, a mesma estação que transmite o Dog Whisperer “O encantador de cães”.
    É chamado DogTown, e baseia-se em cães que foram salvos de situações que vão desde tristes a horríficas. Os cães são trazidos para o santurário da Best Friends no Utah, onde são reabilitados fisica e comportamentalmente por uma equipa de treinadores.

    O primeiro episódio de DogTown focou-se em 22 pit bulls confiscados do caso Michael Vick. A maioria deles tinham sido usados em lutas, e alguns tinham sido usados como cães isco. Por entre os novos episódios de Dog Town, a National Geohraphic transmitiu um novo episódio do Encantador de Cães entitulado “Dueling Pit Bulls” ou Pit Bulls à luta. A diferença entre os dois programas na forma como procediam à modificação comportamental dos animais era evidente.

    A maioria dos cães em DogTown não tinham qualquer socialização com pessoas, e alguns nunca sequer tinham sido passeados numa trela. Muitos eram agressivos com outros cães, claro, e alguns mostravam comportamentos agressivos a pessoas. Os treinadores no DogTown explicaram que o comportamento aparentemente agressivo era na realidade um baseado no medo, fruto da falta de socialização. Eles nunca corrigiam os cães fisicamente, mas ensinavam os cães que podiam confiar nas pessoas.

    O caso do Encantador de Cães involvia duas Pit Bull fêmeas, mais ou menos da mesma idqade, que estavam a começar a lutar em casa. O casal donos das cadelas, já as tinham juntas há algum tempo sem incidentedes. Após terem encontrado um homem no parque, que tinha Rottweilers bem comportados, eles decidiram mandar os seus cães com esse homem que era treinador. Três semanas mais tarde, os vães voltaram com feridas que haviam infligido uma à outra. Depois disso, as cadelas começaram a lutar em casa. Os donos conseguiram lidar com a situação com sucesso mantendo-as separadas, mas estava a colocar todos em stress e no relacionamento de ambos. Entra Cesar. De acordo com os donos, o pit bull chamado Sandi não tinha problemas com outros cães. Trinity, por outro lado, não só atacava a Sandi, mas era também agressiva com outros cães na rua. Foi mencionado que a provocadora de algumas das lutas teria sido a Sandi, que fixava o olhar na Trinity e mostrava linguagem corporal confrontacional. Cesar não hesitou em caracterizar a Trinity um cão “red zone”, ou cão zona vermelha (indicando um perigo muito alto).

    De volta a DogTown os treinadores eram confrontados com a difícil tarefa de trabalhar com os cães que tinham sido especificamente usados para lutas e não tinham tido nenhuma socialização com pessoas. Muitos eram medrosos, outros eram agressivos . A aproximação aos problemas destes cães, foi a técnica chamada desensitização gradual. Para os cães que não eram sociáveis com pessoas, para começar, alguém simplesmente passava tempo no canil com o cão, a ler ou apenas sentado, não forçando nenhum tipo de interacção. Os cães progrediam ao seu próprio passo, levando o tempo que eles quisessem até se sentirem confortáveis, e eventualmente começavam a aproximar-se e a cheirar a pessoa, tornando-se gradualmente mais confiantes e arriscando mais na interacção com as pessoas. Com os cães que eram agressivos com outros cães, estes eram apresentados a um outro cão, um de cada vez, com todos os cuidados- As apresentações eram inicialmente feitas caminhando os dois cães lado a lado com trelas longas e quando os treinadores sentiam que era seguro, largavam as rtelas no chão. Os treinadores permaneciam calmos e davam encorajamento verbal de cada vez que os cães agiam de uma forma amigável um para o outro.

    No programa do Encantador de Cães, com os donos presentes, foi colocada um mordaça na Trinity e esta foi levada para um canil enorme que continham o largo e “bem estabelecido pack” de cães do César. Este “pack” continha cães desde outros pit bulls, a cachorros e até chihuhuas. Imediatamente começamos a ouvir muitas rosnadelas dos dois lados da vedação antes da apresentação, mas quando se pensou que os cães estavam mais calmos, a Trinity foi levada para dentro do canil. Ela estava visivilmente nervosa, e em determinada altura, recebeu um correção na trela pelo que o que eu apenas posso assumir ter rosnado a outro cão (era difícil ouvir). Não houve quaisquer incidentes, e a Trinity foi lá deixada para treino.

    Quando os donos vieram visitar, a Trinity estava à solta em sem mordaça com um número de cães à solta (ceerca de 10). Nenhum dos cães tinha coleiras ou trelas. Uma luta começou entre a Trinity e um outro Pit Bull, e outros cães, que também ficaram excitados, começaram a lutar. A Trinity e o outro Pit Bull prenderam-se um ao outro (no final disto os dois precisaram de 5 pontos cada). Algumas pessoas (que penso estivessem associados ao programa) entraram no canil. A dona da Trinity agarrou um chihuhuha pequeno que estava no canil de forma a protegê-lo. Após algum esforço, Cesar e um outro homem conseguiram que os Pit Bulls se largassem enquanto os donos olhavam horrificados (isto foi conseguido com Cesar e um outro homem a agarrarem um cão cada e a conselho do Cesar, “a esperarem”). De seguida o Cesar colocou-se imediatamente a ele, à Trinity e ao cão com quem ela tinha lutado num canil mais pequeno, para que os cães pudessem experienciar “recuperação” – estarem na companhia um do outro duma forma calma.

    Em DogTown progresso era visível. O bonito, mas tímido pitbull preto de nome Cherry estava a fazer progressos fantásticos em criar laços com as pessoas. O cão anteriormente agressivo, estava enquanto preso a uma coleira para segurança, a ser apresentado a novas pessoas. Nem tudo era caudas a abanar e progresso. Dois dos cães foram apresentados enquanto estavam com trelas longas e começaram a lutar. Mas graças às trelas longas os treinadores, conseguiram rapidamente separá-los e depois calmamente separaram os cães. Eles decidiram deixar que os cães se acalmassem e tentarem noutro dia.

    O Encantador de Cães informou os donos que o prognóstico da Trinity não era bom. Ele sugeriu que eles trocassem cães, ou sejam que eles deixassem a Trinity com ele e levassem um cão dele com eles. Claro esta sugestão não foi bem aceite, especialmente a dona que já tinha desenvolvido uma grande afeição por Trinity. Durante a discussão, onde todos estavam sentados na roloutte do Cesar, Trinity, o cão red zone que tinha sido identificado como muito perigoso que nem sequer podia ser trabalhada na sua própria casa, estava presente, sem mordaça, junto com um outro grande Pit Bull de nome “Daddy” que pertence ao Cesar. Os dois cães começaram a lutar (A Trinity estava a ter muitas oportunidades de praticar!). Imediatamente a seguir, quando alguém tentou tirar o Daddy da rouloutte o Cesar disse que não, que queria ambos juntos para -mais “recuperação”.

    De volta a DogTown, dois dos Pit bulls que tinham tido problemas com outros cães continuavam a ter progressos. Após uma apresentação cuidadosa com trelas longas, e depois de um ou dois momentos mais tensos, eles acabaram a brincare. Os treinadores estavam felicíssimos. Aliás, muitos dos cães anterioramente não socializados estavam a ter progressos fantásticos, mas outros não. Eles continuariam a trabalhar com estes, devagar e com cuidado. A mensagem é que estes cães que tiveram um passado muito triste, conseguiam com amor, paciência um com gestão e técnicas graduais e cuidadas modificar o seu comportamento.

    A mensagem do Cesar aos donos da Trinity e da Sandi foi de que eles não eram bons líderes (esta mensagem é passada a todos os donos em todos os episódios que eu vi). Eles simplesmente precisam de energia calma e assertiva, ele explicava, de forma a que os cães pudessem dar-se bem em casa. (a “energia” dos donos não podia ser assim tão má uma vez que as cadelas já tinham vivido juntas muito tempo sem incidentes antes de serem enviadas para aquele dito treinador). Cesar devolveu a Trinity a casa dela. Assim que foi tirá-la da mala do seu carro, ele mencionou que ela tinha estado a usar uma coleira de choques enquanto esteve com ele, e que seria mais uma coisa que os donos também deviam ter. Em casa, quando a dona perguntou ao Cesar se podiam deixar os cães juntos sem supervisão dentro de casa (uma vez que seria difícil tê-las debaixo do olho 24/7) o Cesar asssegurou-lhes que não haveria problema. Eles fizeram um update no final do programa a dizer que as cadela estavam a viver em casa sem problemas.

    As diferenças entre estes dois programas eram óbvias, tanto na aproximação dada à forma como se modifica comportamento, como nas medidas de segurança tomadas quando lidando com estes cães. Claro, sendo televisão, existem edições e relatos em voz off e nós na realidade não sabemos a realidade em nenhum dos programas. Mas existem algumas observações.

    1. Foi óptimo ouvir treinadores em ambos os programas dizer que os problemas mostrados não estavam relacionados com a raça mas sim com o cão individual em si.

    2. Infelizmente, no Encantador de Cães, o público recebe muita má informação através dos comentários de Cesar aos donos. Por exemplo, ele diz-lhes que a Trinity ao levantar a pata da frente do chão quando os donos caminham é um sinal de que ela se está a tornar agressiva (ele diz que ela está a ser protectiva com os donos). Uma pata levantada pode de facto ser um sinal de apaziguamento ou ansieade, mas agressão? Não.

    3. Em DogTown enquanto que não era perfeito (por exemplo não é aconselhável que uma pessoa se agache quando é apresentado a um cão que mostra sinais de agressão com pessoas) não apresenta os sinais de aviso ou cuidado apresentados ao público. Os métodos que eles usam não pedem esses avisos. No encantador de cães o programa está repleto de avisos de cuidado e não tentem isto em caso, porque os seus métodos são na realidade perigosos.

    4. Colocar dois cães que estão excitados porque acabaram de lutar um com o outro, num espaço pequeno juntos é uma péssima ideia, e pode facilmente levar a mais lutas. Por favor não façam isto em casa!

    5. Quanto á técnica de colocar um cão que é agressivo com outros, no meio de um “pack” de cães: se você levasse um adolescente que tinha tendências para ser agressivo com o seu irmão mais novo em casa, para o meio de um gang de miúdos da rua, como é que você acha que ele reagiria? O instinto de sobrevivência é fortíssimo quer em cães quer em humanos, e tal como os cães, a maioria dos humanos não faria absolutamente nada; Eles tentariam não sair magoados da situação. Você pode apostar que aquele adolescente não começaria uma luta. Então como é que um “pack” de cães resolve o problema que uma cadela tem em casa com outra com a qual vive? O tal adolescente que você colocou no meio do gang, acha que o facto dele não ter agido com violência nesse caso, quereria dizer que ele já não ia bater mais no irmão mais novo em casa? Duvido, e também não estou convencida, apesar do tal “follow-up” que aquelas duas cadelas viveram felizes para sempre. Teria sido bom explorar a linguagem corporal e sinais que a Sandi estava a dar e que começavam as lutas, e ensinar os donos a reconhecer esses mesmos sinais e evitar o início das lutas. É claro que isso apenas, não iria resolver o problema, mas seria um componente essencial. Claro, isso não teria feito um espectáculo de televisão cintilante.


    6. Existe uma cena no Encantador de Cães no qual o casal está no jardim com as duas pitbulls. Os cães iniciam uma luta. O casal, que estava perto, imediatamente agarram as cadelas pelas patas de trás e tentam separá-las. Isto demora longos e horriveis segundos. A mulher está claramente em pânico, como qualquer outro pessoa ficaria. Eles conseguem separar os cães. Agora pensem, isto está a ser filmado! Não sera que eles provocaram aquela situação com o intuito de provocar uma luta? Eu não tenho certezas de nada, mas esta cena teria que ser filmada e incluída no programa para mostrar o problema. Como é que ambos os donos estavam precisamente perto dos cães e souberam agarrar nas patas traseiras dos cães, e porque é que quem é que estava a filmar não ajudou os donos que estavam obviamente aflitos? Claro, a cena tem um rating de audiências espectacular - é o sensacionalismo no seu melhor. Mas será ético colocar dois cães numa posição em que têm tendência para lutar, apenas para nosso entertenimento? Que ironia que este episódio foi “ensandwichado” entre episódios de um programa que reabilita cães de luta. E claro, tudo isto deu à Trinity apenas mais uma chance de praticar a sua agressão.


    É óptimo que mais programas acerca de comportamento canino estão a chegar ao grande público- E quer seja o Encantador de Cães, o It’s Me or the Dog, estes certamente encorajaram mais pessas a exercitar os seus cães e a chamar treinadores para ajudarem. Mas com um espectro de audiências tão grande e com tanto potencial em influenciar a forma como as pessoas entendem comportamento canino, como abordá-lo e modificá-lo, apenas posso esperar que o programa DogTown seja aquele que dita a nova maré do que estará para vir.



    sexta-feira, 6 de março de 2009

    Seminário de Gestão e Funcionamento duma Associação de Animais

    A It's All About Dogs, anuncia a realização do 1º seminário de Estratégias e Desenvolvimento para Associações de Animais, realizado para a Associação Cantinho dos Animais de Beja no passado fim de semana nos dias 28 e 01 de Março.



    A convite desta associação passamos muitas horas a discutir e abordar temas referentes ao desenvolvimento de uma associação de animais e como esta se pode aproximar dos modelos de sucesso que temos no estrangeiro.

    O seminário foi um sucesso, tendo terminado com demonstrações práticas no Domingo de tarde, e um jogo onde todos puderam colaborar.



    O meu obrigada à Associação Cantinho dos Animais de Beja e continuação de um excelente trabalho, que todos os vossos projectos de concretizem, e que a vossa força de vontade e visão aberta para um futuro brilhante continue.

    Mais acerca desta associação no seu Blog e mais sobres este seminário no blog Bomcãopanheiro

    Se quiser informações acerca de seminários e cursos dados pela It's All About Dogs, visite a nossa página de internet e entre em contacto connosco.
    Aqui ficam algumas fotos do seminário.

    terça-feira, 3 de março de 2009

    Técnicas de modificação comportamental antiquadas pela AVSAB - American Veterinary Society for Animal Behaviour

    COMO LIDAR COM RECOMENDAÇÕES DE COMPORTAMENTO ANTIQUADAS

    por Dr. Sophia Yin, DVM,MS (Ciência Animal) – escrito para veterinários

    Está você ou o seu pessoal a recomendar que clientes aprendam mais observando programas tais como “O Encantador de Cães”. Se sim, você poderá estar a prejudicá-los mais do que a ajudá-los.
    O “Encantador de Cães” e outros programas de cães que se baseiam em castigos e teorias da dominância, têm alguns benefícios, diz Debra Horwitz, DVM, DACVB, presidente do Colégio Americano para Veterinários Comportamentalistas. “Estes programas mostram aos donos que outras pessoas também têm problemas com os seus cães e que não estão portanto sós. Os protagonistas dos shows também falam da necessidade de exercitar o seu cão e de lhe impôr regras, ambos são bons conselhos”.

    Mas, Horwitz também diz que estes programas têm grandes falhas. “Estes treinadores usualmente atribuem problemas comportamentais a dominância, quando o comportamento do cão pode estar a ser exibido porque este está anseoso ou medroso”.
    Uma permissa errada

    Na realidade, treinadores que se baseiam na teoria da dominância falham redondamente em reconhecer que dominância implica o relacionamento entre dois indivíduos que se estabelece através da força, agressão e submissão, ao invés da prioridade de acesso aos recursos, tais como comida, local de descanso preferencial e companheiro para procriar. Nestes relacionamentos, uma posição mais alta na hierarquia só é conseguida quando um indivíduo decide deferir regularmente. Treinadores tendem a considerar dominância como uma característica individual de um animal e atribuem a maioria dos comportamentos, ao desejo do animal de obter um ranking maior.

    Horwitz, que se encontra no quadro editorial do Fórum de veterinários explica que a atribuição de tal característica está errada. “Muitos comportamento nem se encaixam no paradigma das relações dominantes-submissas. Por exemplo, se um cão ladra a pessoas quando estas passam e se o dono grita ao cão para parar, o cão provavelmente não irá perceber que os gritos do dono significam que ele se cale. Ao invés disso, o cão pode estar a “pensar” que é o seu trabalho guardar o seu território”. Normalmente quer apenas dizer que o cão não foi ensinado a calar-se por comando.

    Mas então, qual o problema de designarmos as motivações erradas para estes comportamentos? “O problema com a dominância” ela diz “ é que se os donos dos cães, pensam que todos os comportamentos errados que o cão exibe são causados porque o cão os está a tentar controlar, na vez de se aperceberem que muitos dos problemas comportamentais graves são causados por medo e ansiedade, os donos podem sentir que têm que controlar o cão o tempo todo, na vez de o ensiná-lo uma resposta mais apropriada”.

    Um exemplo dos pobres e fracos resultados obtidos através do uso de castigos é quando um cão ladra a crianças. Um cão que tem medo de crianças muitas vezes é um que aprendeu que a melhor defesa é o ataque. Poderá ladrar, rosnar ou até atirar-se a crianças que se aproximem de forma a mantê-las longe. Ao invés de ir ao cerne da questão, o medo, os treinadores que se baseiam na força ou no paradigma da dominância ensinarão os donos a usarem correcções verbais, coleiras estranguladoras ou de bicos para parar o ladrar. Usualmente, o problema fica pior.

    Disfarçando o problema
    John Ciribassi, Presidente da Sociedade Veterinária Americana de Comportamento Animal (AVSAB) explica como o castigo pode eventualmente deteriorar ou piorar um já comportamento problemático de um cão. “O senão de se usarem castigos é que tudo aquilo que o dono do cão está a conseguir é suprimir o comportamento temporariamente sem modificar a verdadeira causa do comportamento”. No caso do cão que ladra, técnicas baseadas no castigo, poderão suprimir o ladrar mas falha em resolver a questão do cão que tem medo.

    Para além disso, Ciribassi diz “ O cão pode ainda associar o castigo com a criança, aumentado a probabilidade do cão se tornar ainda mais agressivo com crianças no futuro”. Esta combinação de disfarçar a expressão exterior do medo enquanto expondo o cão ao estímulo que lhe causa o medo – as crianças – pode levar a uma situação na qual um cão eventualmente ataca sem aviso”.
    De acordo com Ciribassi, mesmo quando o medo não está involvido o castigo pode ter efeitos adversos “O castigo interfere com a relacionamento e laço que existe entre dono e o animal. Um problema pode surgir quando um cão deixa de confiar no dono porque é incapaz de antecipar o que o dono irá fazer em determinadas situações”. Isto ocorre, quando donos castigam inconsistentemente. Por vezes os donos reforçam o cão pelo mesmo comportamento pelo qual o castigam outras vezes. Pior que isso, porque o castigo, é muitas vezes consequência da ira do dono, este pode surgir apenas após o comportamento ter ocorrido na vez de enquanto o cão o está a exibir. O castigo também pode ser intenso demais ou prolongar-se por demasiado tempo.
    Podemos pensar que estes efeitos adversos são raros, mas são suficientemente comuns e suficientemente detrimentais que as condutas da AVSAB acerca do “Uso do castigo para lidar com problemas comportamentais” dá enfâse ao facto que “ veterinários especializados em comportamento não deverão usar o castigo como solução no tratamento de problemas comportamentais. Consequentemente, a AVSAB recomenda que todos os veterinários (mesmo os não especiliazados) sigam esta recomendação”.
    Por outro lado, Horwitz e Ciribassi e a AVSAB dizem que o castigo nãod everá ser banido. Ao invés eles colocam enfâse no facto de que o maior problema com o castigo é que apenas diz ao animal o que não deve fazer e falha em direccionar o animal para comportamentos mais apropriados.
    Howitz e Ciribassi dizem que modificação comportamental deverá focar-se no reforço positivo de comportamentos desejáveis, removendo o reforço para comportamentos indesejáveis e focando-se nos factores emocionais e ambientais que originam o comportamento problemático. Esta aproximação fornece uma melhor entendimento do comportamento do animal.
    Mais ainda, as condutas da AVSAB recomendam que o castigo deverá ser supervisionado apenas por indivíduos que conseguem entender todos os efeitos e consequências que o castigo pode originar, de forma a que o dono do cão possa observar se estes efeitos ocorrem ao longo de um curto ou longo período de tempo, e lhes possa explicar como pode reverter esses mesmo efeitos, caso eles surjam.

    A Dr. Yin tem um website http://www.behavior4veterinarians.com